terça-feira, 5 de novembro de 2019

O Passado dói


Meus caros leitores, sei que ando em falta com vocês, porem, sei que talvez não tenha um publico tão grande assim que me estimule a publicar tanto e com a mesma frequência que outrora já o fiz, assim, como creio que muitas das experiências que aqui escrevo, podem soar repetitivas e dessa forma, não se tornam justificáveis de serem compartilhadas.

Hoje , sera um texto que irei escrever em primeira pessoa, ou seja, praticamente uma espécie de desabafo, melhor ainda , um testemunho da minha evolução como pessoa e da importância de que, não podemos em hipótese alguma, deixar de lado nossos gostos, nossa personalidade para tentar agradar a qualquer pessoa que seja, não importante o grau de ligação que tenha com as mesmas.

Historicamente minha decepção começou na metade de 2018, de forma resumida, pertencia a um grupo, no qual me sentia completo, ou seja, acreditava que as pessoas gostavam da minha presença, que minha ausência causava saudade, que minhas opiniões contribuíam de alguma forma a acrescentar na vida das mesmas, entretanto , da metade do ano, até Dezembro, as coisas começaram a ficar estranhas, como se eu tivesse cometido um pecado mortal, ou ainda desenvolvido uma doença contagiosa, pouco a pouco fui sendo “esquecido na estante” e como bom observador que sou, comecei a me sentir excluído.

Antes de tomar alguma atitude, como também, acreditando que tudo tem solução ( exceto para a morte), individualmente fui questionando a todos o que estava ocorrendo, sendo que a resposta como, que quase padrão era a mesma, NADA,  nunca era alguma coisa, tudo em relação a minha pessoa era NADA e os meses foram  passando , uma angustia/ frustração crescendo dentro de mim, até que 2 pessoas desse grupo, foram honestos comigo( isso dentro de momentos específicos, que agora seria redundância comentar). Um desses falou abertamente que ninguém gostava de mim, porem, que não poderia comentar NADA, sendo que o tempo se encarregaria de me mostrar a realidade, já o outro nomeou o motivo do problema, entretanto, em vez de “defender um amigo” ( comprar um lado), preferiu ficar na constância, ignorando assim a possível perda da amizade.

Pois bem, apresentados os dados cima,  nesse ano de 2019, tratei de me “curar”, para isso cheguei a conclusão de  que sozinho não iria ter as ferramentas necessárias para evoluir, mais do que isso, que me faltavam perspectivas de qual diretriz tomar, para que fosse possível me recuperar dessa perda ( qualquer termino gera dentro de nós o mesmos sentimento como se fosse o termino de um relacionamento), sendo que, dessa forma acabei encontrando uma profissional que me auxiliou nesse caminho.

Depois de tantos anos, de tantos ensinamentos, textos publicados neste blog, conselhos dados para as pessoas, durante as “conversas”, descobri que não me amava, que não me respeitava, de modo mais claro, descobri que abri mão de possíveis atividades que eu gostava, ainda que poderia ver a gostar , para tentar satisfazer pessoas, que não iriam fazer o mesmo por mim, que assumi um lado , uma postura defensiva por pessoas, que no momento em que mais precisei, não fizeram o mesmo por mim.

Afirmo categoricamente , que não me arrependo de absolutamente nada que fiz (só podemos nos arrepender daquilo que não fizemos nessa vida), mais do que isso, redescobri uma característica que achei ter perdido nesses anos, a capacidade de me sobrepor perante as pessoas, perante aos problemas, assim como conseguir estar no mesmo ambiente e tratar esses seres como se eles não existissem e isso de certa forma foi libertador, pois, me ajudou ( e ainda ajuda), a mostrar ao mundo, que ninguém é mais importante que eu mesmo, que somente eu posso me abalar por algo, que NINGUEM, é capaz de abalar minha personalidade , perante aos obstáculos da vida.

Confesso, que diariamente tem sido um desafio me provar ser forte, capaz de com minha presença desafiar o mundo, deixar claro que aquele espaço de mundo me pertence também, que não vou me esconder mais, independente do “clima”, que possa vir a ficar no ambiente, vou encarar de frente e deixar claro á essas pessoas  que foram elas que perderam em não poder mais conviver comigo.

terça-feira, 20 de agosto de 2019

8 meses aprendendo


Caros leitores, sei que desapareci do blog, porem, muitos fatos ocorreram nesses últimos 8 meses, fatores que fizeram com que tivesse que reavaliar como lido com as pessoas, melhor dizendo, como estava valorizando demais as pessoas, sendo que não estou ( nunca fui, descobri nesses últimos meses), valorizado pelas mesmas.

Como sempre exemplifiquei, em diversos textos, temos que tentar a todo custo evitar essas “quedas”, mais precisamente, é necessário nos preservar para que possamos nos manter fortes , perante as traições que os homo sapiens sapiens aplicam uns aos outros e que infelizmente nesta vez cai feito um “patinho”.

Nos últimos 2 anos, parecia que havia finalmente encontrado um grupo de pessoas, que eu considerava ser o ideal para mim, ou seja, eram seres que me senti acolhido, que tínhamos interesses, ideias, essências ( até então) em comum, ou pelo menos era o que parecia.

Outrora me foi concebido a possibilidade de ter companhia todos os finais de semana, por um pequeno tempo, me foi concedido a possibilidade de resgatar a minha “adolescência” , que de certa forma foi perdida, ou melhor dizendo que tive que abdicar por diversos outros fatores, sendo esses que ninguém tem culpa, mas sim, que foi obra do próprio senhor do tempo, que decide o quando é o final de nossos dias nesse plano.

Cheguei a pensar, que depois de tanto tempo, conseguiria criar amigos para poder caminhar comigo pela vida inteira ( igual meus pais, que tinham / tem amigos ), sendo que  poderíamos estar juntos , sempre que possível, assim como poder servir como ponto de ajuda e alivio para os mesmos, entretanto , o destino nos mostra quem é “real” e quem somente é transitório, melhor dizendo, que somente entra em nossa vida e passa, seja de forma positiva, como nesse caso de forma negativa.

O grande ponto meus caros leitores é que aos poucos pretendo retomar os textos, afinal, aprendi nesses últimos meses, que temos que ser fortes( ou pelo menos tentar demostrar força), poderosos, não podemos demonstrar em nenhum momento que , nos tornamos dependentes de afeto dos outros, pois, somente assim conseguiremos progredir, tento nossos sentimentos respeitados pelos demais.


sexta-feira, 29 de março de 2019

Falando com memorias


Desenvolvi a pouco tempo, o péssimo habito de conversar (melhor dizendo, brigar mesmo), com pessoas que no passado ( algumas um passado recente, se é que posso me referir dessa forma), falando tudo o que esta “engasgado” dentro de meu coração, ou seja, meu consciente já não se satisfaz somente com as sessões de psicologia, necessita expor , deixar claro o motivo de minha angustia, de minha tristeza com o passado.

Em alguns momentos, minha mente , faz com que essas brigas pareçam reais, ao ponto de que eu consiga  preparar argumentos de questões que já passaram e que não consegui ( naquele fatídico momento / situação), dar a resposta a altura, ou ainda, que minha replica poderia ter sido infinitamente melhor.

Fazem 3 meses aproximadamente, que esse habito , esta se tornando mais forte, visto que essas pessoas que, desejo muito poder expressar tudo o que esta me incomodando, não possuo mais nenhum contato, ou melhor, fui segregado pelas mesmas, sem motivo aparente, sem nenhuma ofensa ( pelo menos que eu tenha ciência).

As memorias, são tão fortes, que trazem consigo a intensidade necessária, para em um curto lapso de tempo, fornecer alivio, entretanto, de imediato, me fazem voltar para a realidade de que se tratam apenas de delírios, de que não estou “resolvendo” nada, apenas mais uma vez me torturando, jogando para mim mesmo a responsabilidade de algo que não tive, mais ainda, me fazendo buscar alguma justificativa para algo que não tem.

Claro que nesta altura desta publicação, existe a pergunta, sobre o porque de não confrontar essas pessoas fisicamente, ou ainda, o que lhe impede de fazer isso?

Eu respondo, ao longo desta minha jornada de pensador( ou pseudo pensador), como voces bem acompanham neste blog, diversas situações do passado, fazem justificar de que não vale apena valorizar , quem não da a mínima para nossos sentimentos, mais do que isso, precisamos somente dar a cara a tapa, quando temos indícios de que foi uma falha nossa, do contrario meus caros leitores, estamos nos transformando em mendigos de afeto ( deixo claro que já mendiguei muito afeto, porem , hoje cansei de implorar).

Se afirmam ,  que  te consideram amigos, se tem convivência  o mínimo que se espera é honestidade, afinal a verdade machuca, mas liberta.

Agora, tenho mais uma missão, tentar me libertar dessas lembranças, que outrora foram boas, porem, que hoje somente fazem surgir magoas e remoer o que não deu certo.

domingo, 24 de fevereiro de 2019

Qual foi meu pecado?

Recentemente meus caros leitores, fui surpreendido com uma situação, tão ilógica, que chega ser difícil de conseguir entender, ou seja, nem mesmo eu que estou envolvido nessa situação, ou melhor dizendo, que sou o principal prejudicado , compreendi o pecado que cometi.

A aproximadamente 2 anos atras, havia entendido, que ser um eremita ( já escrevi um texto bem interessante sobre isso, sugiro lerem ele), estava aceitando a ideia de que viver sozinho, me traria paz, não necessariamente uma alegria, ou ainda, uma enorme satisfação, porem, contentamento, estava conseguindo focar em questões mais relevantes / importantes da vida, mais do que isso, depois de anos de bagunça,tanto interna como externa, estava colocando literalmente a casa em ordem.

Ao me referir a colocar a casa em ordem, eu digo, que ao efetuar reformas e organizar as coisas em casa, ao mesmo tempo eu sentia que em meu interior, eu  estava me reestruturando, que a rotina criada, me ajudava  a curar as feridas que a tantos anos estavam abertas e com pus. 

Realmente me sentia tranquilo, quase ao ponto de pensar nos próximos passos que tomaria.

Infelizmente a unica questão que não temos como prever , são as surpresas da vida, ou melhor dizendo as lições que ela nos fornece de modos que a principio parecem doces, mas que no decorrer do tempo, somente se mostram ser mais um terrível decepção.

Me foi ofertado um mundo de possibilidades, apresentado pessoas com perspectivas, com ideias / gostos tão parecidos com os meus, que depois  de tantos anos procurando, parecia que finalmente havia encontrado meu lugar no mundo, que todos os períodos de solidão haviam ficado para trás, que de certa forma eu não era um "monstro" tão grande como eu imaginava.

Durante 2 anos, as coisas caminharam de modo magico, ao ponto de me permitir viver até mesmo uma aventura amorosa, tudo estava em ordem, uma onda de realização e equilíbrio se apossou de meu ser, fazendo com que SIM, eu me sentisse feliz, membro de algo lindo, pertencente a algo no mundo.

Entretanto, como era de supor, tudo tem prazo de validade ( pelo que noto, somente para mim teve), e hoje me sinto como se tivesse voltado a 4 anos no passado, me sinto triste, vazio, perdido, isolado, não entendendo, qual erro que cometi para ser merecedor disso. NÃO meus caros leitores, como sempre, não tive direito a defesa, afinal, em todos os momentos que questionei, o que ocorria, sempre ouvi que "NÃO ERA NADA" ,sendo que pouco a pouco fui sendo deixado de lado, como um brinquedo antigo e sem valor.

Dessa forma acabei sendo obrigado, a tomar atitudes, de me afastar, para tentar salvar algo de bom dentro de mim, para poder, quem sabe, voltar a 2 anos atras, para a resiliência e dessa forma voltar a conquistar a paz e quem sabe a alegria.